segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Aí vou eu!

So damn sweet.

sábado, 25 de dezembro de 2010

x

x

Da vila mais distante
Da velocidade mais descompassada
Da minha vigilância mais estúpida

x

Da vitória, um empate
Meu prato escolhido a la carte
Desate

Desejo, des e ejo
Posso até sentir, vim, vejo.
Sei que o nível posso eu ter passado.
Mas não sei nem o que é o nivelado.

Se fui, perdão.
Se não fui, também.
Não são dois, são mais de cem.
Sem paradouro.


Da vila mais distante
Da velocidade mais descompassada
Da minha vigilância mais estúpida

x

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Ode ode ode?

Federico Garcia Lorca

Uma rosa no alto do jardim que tu desejas.
Uma roda na pura sintaxe do aço.
Desnuda a montanha de névoa impressionista.
Os grises observando suas balaustras ultimas.

Os pintores modernos, em seus brandos estúdios,
cortam a flor asséptica da raiz quadrada.
Nas águas do Sena um iceberg de mármore
esfria as janelas e dissipa as eras.

O homem pisa forte nas ruas lajeadas.
Os cristais se esquivam da magia e do reflexo.
O governo fechou as lojas de perfume.
A máquina eterniza seus compassos binários.

Uma ausência de bosques, biombos e sobrecenhos
erra pelos telhados das casas antigas.
O ar pule seu prisma sobre o mar
e o horizonte sobe como um grande aqueduto.

Marinheiros que ignoram o vinho e a penumbra
decapitam sereias nos mares de chumbo.
A Noite, negra estátua da prudência, tem
o espelho redondo d lua em sua mão.

Um desejo de formas e limite arrebatada.
Vem o homem que olha com o metro amarelo.
Vênus é uma branca natureza morta
e os colecionadores de mariposas fogem.

***

Cadaqués, no fiel da água e da colina,
eleva escalinatas e oculta caracóis.
As flautas de madeira pacificam o ar.
Um velho Deus silvestre dá frutas aos meninos.

Seus pescadores dormem, sem sonho, na areia.
Em alto-mar lhes serve de bússola uma rosa.
O horizonte virgem de lencinhos feridos
junta os grandes vidros do peixe e da lua.

Uma dura coroa de brancos bergantins
cinge frontes amargas e cabelos de areia.
As sereias convencem, mas não sugestionam,
e saem mostrando um copo de água doce.

***

Alma higiênica, vives sobre marmores novos.
Foges à escura selva de formas incríveis.
Tua fantasia chega onde chegam tuas mãos,
e gozas o soneto do mar em tua janela.

O mundo tem surdas penumbras e desordem,
nos primeiros términos que o humano frequenta
Porém já as estrelas ocultando paisagens
assinalam o esquema perfeito de suas órbitas.

A corrente do tempo se remansa e se ordena
nas formas numéricas de um século e outro século.
E a Morte vencida se refugia tremendo
no circúloestreito do minuto presente.

Ao pegar tua palheta, com um tiro em uma asa,
pedes a luz que anima a copa da oliveira.
Larga luz de Minerva, construtora de andaimes,
onde não cabe o sonho nem sua flora inexata.

Pedes a luz antiga que fique na frente,
sem baixar a boca nem o coração do homem.
Lua que temem as vides estranháveis de Baco
e a força sem ordem que leva a água curva.

Fazes bem em pôr bandeirolas de aviso,
no limite escuro que relumbra a noite.
Como pintor não queres que te abrande a forma
o algodão cambiante de uma nuvem imprevista.

O peixe no aquário e o pássaro na gaiola.
Não queres inventa-lo no mar ou no vento.
Estilizas ou copias depois de ter olhado
com honestas pupilas seus corpinhos ágeis.

Amas uma máteria definida e exata
onde o fungo não possa armar acampamento.
Amas a arquitetura que constrói no ausente
e admites a bandeira como uma simples pilhéira.

Diz o compasso de aço seu curto verso elástico.
Desconhecidas ilhas já a esfera.
Diz a linha reata seu vertical esforço
e os sábios cristais cantam suas geometrias.

***

Mas também a rosa do jardim onde vives.
Sempre a rosa, sempre, norte e sul de nós!
Tranquila e concentrada como uma estátua cega,
ignorante de esforços soterrados que causa.

Rosa pura que limpa de artifícios e esboços
e nos abre as asas tênues do sorriso.
(Mariposa pregada que medita seu vôo.)
Rosa do equilíbrio sem dores buscadas.
Sempre a rosa!

***

Oh! Salvador Dalí, de voz azeitonada!
Digo o que me dizem a tua pessoa e teus quadros.
Não te louvo o imperfeito pincel adolescente,
mas canto a firme direção das tuas flechas.

Canto teu belo esforço pelas luzes catalãs,
teu amor ao que tem explicação possível.
Canto teu coração astronômico e terno,
de baralha francesa e sem nenhuma ferida.

Canto a ânsia de estátua que seus personagens sem trégua,
o medo à emoção que te aguarda na rua.
Canto a sereiazinha do mar que te canta
montada na bicicleta de corais e conchas.

Mas antes de tudo canto um comum pensamento
que nos une nas horas escuras e douradas.
Não a Arte a luz que nos cega os olhos.
É primeiro o amor, a amizade e a esgrima.

É primeiro o quadro que paciente desenhas
o seio de Tereza, a de cútis insone,
o apertado cacho de Matilde, a ingrata,
nossa amizade pintada como um jogo de oca.

Sinais datilográficos de sangue sobre o ouro
risquem o coração da Catalunha eterna.
Estrelas como punhos sem falcão te relumbram,
enquanto tua pintura e tua vida florescem.

Não olhes a clepsidra com asas membranosas,
nem a dura gadanha das alegorias.
Veste e desnuda sempre o teu pincel no ar,
ante o mar povoado com barcos e marinheiros.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Michael Nyman, ouça.

domingo, 21 de novembro de 2010

vou ter que rabiscar mais, mais e mais
até não me restar nada.
borracha inútil.
meu querer, perdi, entre as folhagens e flores da primavera
perdi pra estação contrária,
outono.

domingo, 14 de novembro de 2010

tenho sido
o que posso ser
pra não extravasar os limites
apesar,  não traduz meu querer

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

http://www.agecom.ufsc.br/index.php?id=23822&url=ufsc - Confira!
Somos estranhos
No mesmo quadrado
Sol
Lua
Nunca se veêm
Nunca se tocam
Mas um dia já foram juntos
Num eclipse
Isso se chama saudade.

domingo, 17 de outubro de 2010

Nada vai dissolver, nada vai curar.
Ninguém vai entender, nem vou deixar de ser.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Ó tortuosa
Desaflora, desabrocha em rosa
Mora, combina, tende

Desentende, redefine, costura
Pontilhando lágrimas passadas
Ela reasume a postura

Loucuras comete,
Desmente e cria fatos
Enlouquece, mas não se mete

Por mais que atormente muitos
Ninguém sabe sua identidade
Ninguém nunca a viu no campo,
Nem ao menos na cidade.

domingo, 3 de outubro de 2010

E essa necessidade toda?
Pra quê?
Porque já nasceram nada.

domingo, 5 de setembro de 2010

cor, relevo
sujo, desapego

interesse moral
interior mais que banal

sedentos por cacos,
já não sabem mais viver

de ti dependem,
de ti, querem ser

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

só queria viver um filme
só queria viver outra vez o que eu não vivi
eu apenas sonhei e senti

isso me toca
me faz enxarcar a cara
me faz rocha

me faz um ser exército
me faz um ser torturado
me faz um ser exilado

das explicações científicas
das palavras tapeadas
só digo apenas versos
só digo apenas nada
Hoje iria falar sobre a ternura por aqui.
Desisti.
Quem precisa saber minha opnião em breve saberá, ou já sabe.
Já sentiu.

sábado, 28 de agosto de 2010

Certo dia incerto.

tudo está presente,
alguns efervecentes flutuam,
outros afundam,
e outros se desentegram.

mas há de recompor,
esse medo,
essa dor,
pra mais um pôr-do-sol.

sábado, 14 de agosto de 2010

nesse nada-nada,
tudo-tudo,
só sei que então mudos

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

- Bom dia, amor...
- Bom dia, minha flor! Quer que eu traga o café?
- Não... Não é necessário, anjo. Mesmo. Já comeu?
- Não, fiquei esperando por ti. Fiquei aqui vendo-te dormir.
(Silêncio)
- Aw, mesmo? Por que és tão lindo assim pra  mim?
- Porque tu mereces, oras... (Risos)
- Não sabes o quanto me fazes bem...
- Quanto?

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Emergentes sejam as falas mais sujas que sairem de meus enlevos,
tristeza pura a frustração de meus desejos
distração esta, pronta pra mais uma noite de sono.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O vago, triste embargo, sorriso farto

Nem sempre era tudo como parecia.
As folhas dançavam no vento,
A luz refletia na pele,
O coração batia sozinho.

Nada era apenas como era.
Diríamos que não havia despertado ainda.
Fechei os olhos, imaginei as cores mais belas que a alma podia me proporcionar
Curiosa, abri os mesmos e vi que tudo eram cinzas.

O barulho do trem, o arranhar dos trilhos,
minha cabeça na janela que escorria a chuva.
Eu só sabia pensar em olhar pro infinito do céu
Onde tudo podia ser perfeito,
Onde nos contavam que era perfeito
Por isso resolvi fixar-me o olhar pra lá

O céu se rasgou, se abriu, se estraçalhou em cores vivas e formas indecifráveis
Vai ver era o labirinto que um dia as borboletas tinham me narrado...
Ou apenas era um outro fim de tarde, talvez feliz.

domingo, 1 de agosto de 2010

Segue a luta pelo Bar do Chico

Por Elaine Tavares - jornalista
Novo ato político acontece no domingo, dia 8 de agosto


Era a metade dos anos 80, a democracia brasileira andava com pernas bambas, a vida saía da escuridão, mas as coisas ainda estavam muito confusas. A luta popular conseguia se fazer às claras, mas persistia o medo, assim como o preconceito. Para quem atuava no movimento de esquerda em Florianópolis havia um lugar onde era possível se encontrar e sentir-se em casa. Era um pequeno barraco de madeira na praia do Campeche, que havia deixado de ser uma cabana de pesca para virar um bar. Ali, nas tardes de domingo, o povo se reunia para conversar, discutir política ou apenas tomar sol. Nas noites de inverno, ao redor da fogueira, o povo também se juntava para dançar e celebrar a vida.



Para quem era da comunidade, o lugar igualmente passou a ser uma espécie de porto seguro. Não havia nada na praia e a cabana de madeira passou a ser uma referência. Como o seu Chico, que cuidava do lugar, era pessoa conhecida no Campeche, de família tradicional, o bar foi virando espaço comunitário também. Ali eram celebrados os aniversários, as festas do bairro, por ali passava a Dona Nicota, a bandeira do divino, a folia de reis, e ali terminava a alegria do carnaval. Localizado ao lado da capela, no coração histórico do Campeche, o Bar do Chico rapidamente se entranhou no cotidiano. Não era só um bar, era lugar do povo campechiano e de boa parte dos militantes populares da cidade. Território liberado para a festa e para a política. Não foram poucas as lutas e ações populares que nasceram das conversas ali naquele trecho de areia.



No início dos anos 90 um filho do Campeche se elegeu vereador. Lázaro Daniel. Não por acaso, filho do seu Chico, o dono do bar tombado agora em 2010. E este foi um vereador que muito incomodou ao poder. Na época, a cidade fervilhava na luta pela moradia e eram constantes as ocupações de área urbana e as mobilizações populares. Lázaro estava metido nesta briga até o pescoço. Sua voz na Câmara de Vereadores estava a serviço do povo em luta e ninguém conseguiu dobrá-lo. Foi aí que começou a perseguição ao Bar do Chico. Aquele era um lugar que subvertia a ordem, que acolhia os “malditos”, que servia de espaço para a organização comunitária. E, não bastasse isso, era do pai do Lázaro. O poder encontrava um ponto por onde atacar o vereador.



Desde aí, a batalha foi grande. Longos anos de discussão na justiça e neste meio tempo, a comunidade foi consolidando o espaço como o seu lugar. O Bar do Chico virou patrimônio cultural, assim como o espectro de Saint Exupéry ou a capela São Sebastião. Já não era só um bar, era parte da alma campechiana. Tanto que a comunidade entrou com um processo de tombamento para o bar. Daí soar muito estranho o argumento do juiz Hélio do Valle Pereira ao dizer que o povo do Campeche não tinha se importado com o processo. Ora, pedir o tombamento como patrimônio histórico imaterial não é se importar?



Nos últimos anos o Campeche tem sido a ponta de lança na luta por um Plano Diretor que não seja predador, que respeite o ambiente, que se faça em harmonia com os recursos naturais. E o Campeche foi além, organizou seu povo e construiu seu próprio plano, o qual apresentou ao poder público. Os governantes se fizeram surdos, inventaram outros planos e o Campeche lutou. Agora, na era Dário, aconteceu o Plano Diretor Participativo e o Campeche de novo se organizou, melhorou seu plano e tem lutado para fazer valer sua palavra. É um bairro que tem tradição de luta, que mantém movimentos articulados e atuantes, que incomoda demais o poder. Por isso era preciso quebrar a espinha desta gente. Nada melhor então do que atacar um velho de mais de 80 anos, que teve a ousadia de colocar no mundo alguém como Lázaro e ainda criar um espaço onde o povo pode se organizar e conspirar.



É por isso que as pessoas que vivem no Campeche e que militam nos movimentos da cidade estão irmanadas na luta pela reconstrução do Bar do Chico. A pequena cabana de madeira foi derrubada numa manhã fria de julho, sem aviso, sem nada. Vieram os homens da Comcap, arrombaram a porta, tiraram as coisas de dentro e destruíram o lugar. Estraçalharam parte da cultura do bairro, pisaram na memória, destroçaram o patrimônio das gentes.


Mas esse crime cultural não ficará sem resposta. Uma delas já foi dada. Num ato público realizado sábado, dia 24 de julho, o velho bar ressurgiu numa obra de arte produzida pelo artesão Paulo Renato Venuto. Um gesto poético, simbólico, que serviu para impulsionar outras ações e idéias. A comunidade quer de volta o mesmo bar, concreto, real. Por isso, no último dia 31 o grupo de mobilização pela reconstrução do Bar do Chico esteve reunido, planejando ações para que o velho espaço comunitário possa ressurgir dos escombros.



Duas frentes de luta foram abertas. Uma delas será na justiça. Como estava em andamento o processo pelo tombamento do lugar, a Associação dos Moradores do Campeche vai dar seguimento ao pleito, exigindo, portanto, a reconstrução. A outra é política e de ação direta do povo. Uma nova manifestação está sendo organizada para o domingo, dia 8 de agosto, às 10h, com partida dos escombros do Bar do Chico. A comunidade mobilizada fará uma caminhada, pela praia, até um empreendimento imobiliário (Essence Life Residence) que está sendo erguido nas dunas do Campeche. Vão protestar contra essa invasão e exigir da justiça o mesmo tratamento que deu ao casebre de madeira que era o Bar do Chico.



O povo do Campeche discutiu e decidiu que se a cidade de Florianópolis é conhecida pela alcunha do “já teve”, por conta de já ter deixado sumir coisas importantes e históricas, como o Miramar, o Expresso, o Grupo Sul, o mesmo não vai se dar ali no bairro. As gentes não aceitam conviver com a idéia de que o bar do Chico não existirá mais. E vão reconstruir. Se quem mandou derrubar o bar achou que iria quebrar a espinha do Campeche, se enganou. Aqui vive uma gente-peixe, mágica, feita de areia, mar e sol. Uma espinha se quebra, outra vem, mais forte, mais viva...

Existe vida no Jornalismo
Blog da Elaine: www.eteia.blogspot.com
América Latina Livre - www.iela.ufsc.br
Desacato - www.desacato.info
Pobres & Nojentas - www.pobresenojentas.blogspot.com
Agencia Contestado de Noticias Populares - www.agecon.org.br
queria não afobar-me
queria não ter medo de ter medo
mesmo sendo anormal, queria que fosse assim
coisas normais não têm graça alguma
e coisas intensas perduram
metade de mim sorri, e metade não quer distância

sexta-feira, 30 de julho de 2010

tempo a gente tem
quanto a gente dá?
corre o que correr
custa que custar
um ponto, sempre pede uma nova frase
isso diria mais ou menos, a bela mosca de indecifráveis olhos grandes
responsabilidade
creer passagem por
felicidade trazer

incansável seria
então pediria
por

um sono
um sonho
mais um risonho

grunhidos e risadas
gargalhadas e soluços
estrelas e luas
sol nuvem  
chuva


birutas no meio fio

sentir-se obrigado
já não é mais o meu "sinto"

sorrir de bobeira
é o involuntário
é tudo num mesmo recinto

toca-me a alma
toca-me o coração
toco as estrelas

tudo simplesmente
negando um não

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Musas.

Bom dia.

Como vai você?

terça-feira, 27 de julho de 2010

Precisa-se de asas para uma garota. Tratar comigo.

Ultimamente, imagens tem falado mais do que minhas podres palavras.

Raridade.

domingo, 25 de julho de 2010

Sid and Nancy... Love Kills.
"Porque eu tinha irmão, tinha irmã, tinha eh...eh...primas,
primos, prima... tudo junto...né?
Tudo assim que nem nóis tá aqui agora..."
Tem hora que a gente se pergunta
Por que é que não se junta tudo numa coisa só?
Boneca, panela, chinelo, carro
O nó que eu desamarro surge pra me dar um nó
Você aparece de repente e coloca em minha frente a dúvida maior
Se tudo que eu preciso se parece,
Por que é que não se junta tudo numa coisa só?
Tem hora que a gente se pergunta
Por que é que não se junta tudo numa coisa só?
Balaio... de domingo eu não saio
De bambu e corda... só se for pra rezar
Luz... no cabelo e nos olhos
No sorriso do justo feito pra iluminar
Cruz... na parede e no púlpito
Nas nossas costas de súbito
Pesadas pra se carregar
Porta... abre e fecha o caminho
O balaio eu carrego sozinho
E ilumino esta cruz com meu jeito de andar... porque...
Tem hora que a gente se pergunta
Por que é que não se junta tudo numa coisa só?
"A gente fica meio... meio desencontrado do que a gente é... né?
... se abusá não dá nem tempo de aprendê as coisa..."
Mãe, primo, pai, avô, padrinho
Zelador, juiz, vizinho
Tio, cunhado, irmão, avó
Família é um assunto complicado
Quem não gosto mora ao lado e o mais velho mora só
Pois traga um colchão aqui pra sala
Por que é que não se junta tudo numa coisa só?
Tem hora que a gente se pergunta
Por que é que não se junta tudo numa coisa só?
Poeta, ouvidor, desenhista, músico, malabarista...
Comediante o que for
Todo mundo procura um lugar, pra poder compartilhar...
Da dor e da alegria
Sarau em Arcoverde só de sexta venho aqui reivindicar
Eu quero isso todo dia
Sarau na Arcoverde só de sexta venho aqui reivindicar
Eu quero isso todo dia
"Para os manos daqui... para os manos de lá!"
Tem hora que a gente se pergunta
Por que é que não se junta tudo numa coisa só?
Católico, evangélico, budista, macumbeiro, corintiano
Espírita ou ateu
Todo mundo busca a paz interna, tâmo aqui pra ser lanterna
Foi assim que Ele escreveu
Palavras e palavras e palavras
E ainda acham que o deus do outro não pode ser meu
Tem horas que a gente se pergunta
Por que é que não se junta tudo numa coisa só?
Quando juntarmos você comigo...
Cordão umbilical e umbigo
A gente vai ser só um
E até lá eu não vou caminhar mais sozinho
O distante será meu vizinho
E o tempo será
A hora que eu quiser!!! Oras!!!
Tem horas que a gente se pergunta
Por que é que não se junta tudo numa coisa só?
 
O teatro Mágico - O tudo é uma coisa só.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Every saint has a past and every sinner has a future”
Fica essa aí pro fim de noite...

Muita coisa aqui me faz pensar. Esses dias de cama, essas noites que mal dormi por dores, me fizeram de certa maneira, pensar, pensar... Sei que pensar demais às vezes pode te deixar louca, e talvez tenha me deixado louca sim. Mas... Uma "louca" que gostei de conviver comigo mesma, estou gostando. 

Eu aqui, de compressas de gelo sob um dos olhos, me imaginei pirata. Pirata dos sete mares que querendo ou não te rodeiam sem parar, fluindo e "desfluindo" sob todo os teus cuidados, todos os teus sorrisos. Fim, a fim de perceber, de não tocar. Mas sentir e ver o que eu quero que saibas. 

Você pode estar se perguntando se é sobre a tosse de estrelas que falo... Não... É sobre a tosse de corações e carícias que eu quase tossí, mas tomei um remédio contra isso. Contra minha vontade.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

domingo, 11 de julho de 2010

Quanta cegueira, Yoli... Acorde pra vida.
E se essa cegueira for a mesma?
Presume-se então minhas dúvidas. Onde está? Onde foi? Quem era?
Ninguém viu. Sorri, e ninguém viu. Não quero que vejam... Sei lá.
Nem quero mais saber. Quero viver o que penso, quero viver o que não penso.
Sou involutariamente assim, sou um jardim, sou as flores, minhas sementes sem mim.
Yolanda - Pablo Milanes
Esto no puede ser más que una canción
quisiera fuera una declaración de amor
romántica, sin reparar ni formas darles,
que pongan freno a lo que siento a raudales.

Te amo, te amo,
eternamente te amo.

Si me faltaras, yo voy a morirme,
si he de morir quiero que sea contigo,
mi soledad se siente acompañada
por eso a veces es que necesito.

Tu mano, tu mano
eternamente tu mano.

Cuando te vi, sabí­a que era cierto
este temor de hallarme descubierto,
tú me desnudas con siete razones,
me abres el pecho siempre que me colmas.

De amores, de amores
eternamente de amores.

Si alguna vez me siento derrotado,
renuncio a ver el sol cada mañana,
besando el credo que me has enseñado
miro tú cara y vivo en la ventana.

Yolanda, Yolanda,
eternamente Yolanda.

Yolanda
eternamente Yolanda
eternamente Yolanda.
Sinto-me aqui só. Só estou só. Ninguém se importa mais.
Por um lado, pode ser bom... Sabe, às vezes a solidão faz-no pensar na vida, no que lutamos por, e no que já vivemos. É lindo pensar na tua trajetória. Vitórias, derrotas, mas sempre levantando de cabeça erguida, pronta para um novo desafio.

Isso é o que sempre dizem. Mas às vezes não é bem assim, a vida te derruba de um jeito que é difícil levantar... E já que o ser humano não é perfeito, não é capaz de levantar sozinho de algumas situações, ele precisa de ajuda. Mas ninguém está em volta. Por isso acho que a solidão pode virar um caminho enigmático, que seja até sem fim, talvez.

Você pode estar com alguém, um amor, uma paixão, um amigo. Mas... Se os problemas do teu coração-mente não estiverem resolvidos, você está num abismo. Você está só. E para poder se jogar, é necessário um par de asas. Asas de rosas com espinhos. E dependendo dos casos, estas mesmas jorram sangue por todos os cantos-cor.

Portanto, se queres resolver teu interior e alguém querer te ajudar, não negue... Espere. Só negue se você for suficiente de levantar sozinho, portanto não é um problema. Não negue a mão, não negue o olhar, não negue o abraço. Não negue um sorriso.

Antigamente achavam que o sorriso era aberração, era coisa do demônio. Isso era “decretado” por deformar o rosto do ser humano, já que você move não sei quantos tantos músculos da face. E sai do “normal”.  Mas já parou pra pensar que não existe coisa mais bela que um sorriso? Ele mostra a transparência, ele mostra se a pessoa monstro ou não é. Monstruosamente cheio de alegria, monstruosamente cheio de encanto.
Pouquíssimas pessoas são de importância, e elas ganham meu sorriso de forma mais transparente possível. No qual mostra todo o meu amor pela vida, todo a minha felicidade de ser não-ser.

Mas voltando ao meu abismo... Peço-lhe a mão, o sorriso, o abraço. Eu estou prestes a pular.

Eu quero.

She’s got a ticket to ride. We’ve got a ticket to ride. Queria uma viagem agora. Queria sair contigo por aí, sem rumo algum. Queria rir sem parar, até ficar vermelha. Ninguém saberia disso, só nós dois. Ninguém saberia que sairíamos às escondidas, numa correria-bolha, numa correria-bobeira. Queria várias coisas, na realidade... Mas nem sempre temos tudo que queremos, é preciso lutar.

Ninguém entende o que eu sinto, nem mesmo eu entendo. Choro sem motivo, sorrio sem motivo, rio sem motivo. Mas não me canso nunca. Queria tomar um café, queria desligar a luz do quarto e deitar meu rosto ao teu peito, ouvir tua respiração, ouvir teus batimentos cardíacos. Sentir-me viva.

Sou fora de rumo, sou fora de rótulo. Sou fora do meu padrão de idade, sou fora das opiniões que todos tem. Queria ouvir Fora de Rumo contigo até o amanhecer. Queria ouvir de tua boca: minha garota todos os dias. O que me faz sentir dessa maneira? Não entendo, andei assim depois de algumas coisas mudarem na minha vida... Acho que ficaria um tanto corada se eu mencionasse aqui... Mas acho que um dia você vai saber. Ou não... Isso depende você. Depende do teu andar, do meu andar. Depende.

Queria uma música, queria um poema, queria qualquer rabisco. Queria amor, queria felicidade, queria sorriso, queria olhar, queria uma vida sem rumo, queria cor o tempo todo. Meus sonhos, minha dor, minha solidão que me consolida mais uma sentimental intensa, num meio de fases alucinógenas. Não paro, não paro de escrever, não paro de querer, de querer o querer.

Corrói-me ver e não poder. Me corrói o coração. Me corrói, estou perdida. Só da tua ajuda eu preciso. Quero um piquenique com uma toalha xadrez, de preferência azul, fazendo contraste com a grama verde-viva e o sol tão intenso, tão laranja, tão amarelo, tão vermelho, tão roxo.

Eu quero, ah... Como eu quero.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Ah, há algo que eu queria falar ainda.
Sorria, a felicidade e o amor ronda-te como um motor de lavanda.
Boa noite.
Quero me lembrar do que escrevi hoje... É algo um tanto difícil, pois escrevi com tanta inspiração que quando ela saiu de mim, eu acabei esquecendo o que eu havia escrito... Tentarei. Talvez a mesma tenha voltado.

É o sol, é a vida 
É o sorriso e as flores
É a estação, são meus amores

Creio que foi isso. Então... Vou-me agora. Boa noite.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

só se vai o sol que aqui brilha.
tudo em mim reluzente está.
tu és o sol, que se pôs naquela segunda-feira na minha janela, nos meus olhos
já te vais? que pena
pena que flutua e vira água
água que chove, e escorre pra cá
evapora entre nosso silêncio

nossos dedos se entrelaçam freneticamente, sorridente
não posso esquecer de mencionar as flores, que tão são minhas musas
que me inspiram, que te tornaram uma delas, pois as mesmas me fazem falar de ti
é quase como uma semente, são as cores que ainda restam
é você, sou eu.

sábado, 3 de julho de 2010

O, um corre-corre.

          Fico pensando aqui, entre ventos e aromas o desejo meu de ser-não ser alguém. Pessoas passam, olham, riem, sorriem. Deixar de ser alguém para ser você. Dexar de ser você para parecer alguém. Mas não é, nada é.
          No topo. No topo das montanhas repletas de árvores em ordem, que te criam um labirinto. Bichos, flores, folhas, cheiros, brisas, perigo, divertimento, um corre-corre.
          Faz frio aqui, e eu doida, mas cheia de preguiça para ir tomar um simples café. Que no qual agora é o meu único refúgio dos ventos frios. Não tenho casaco algum. Não tenho alguém. Sou eu e eu. Eu e meu instinto, e acho que é melhor assim. Talvez... Será?
         Memórias curtas, lembranças permanentes. Sorrisos falsos. Sorrisos encantadores. A vergonha de olhar na cara e respirar fundo. A vergonha de consequência, que proveio de algo mal elaborado, encaminhado...
                                                        Preocupações em excesso,  nem vou mencionar de quê...
         Fico abismada com tal população hipócrita, cansada, sedentária. Grãos de areia, poeira cósmica que engole tanta gente no meio de tanta gente. Gritei mas ninguém viu. Meu olhar submergiu.
         No topo, No topo das montanhas repletas de árvores em orgem, comoventes. Emocionadas tal qual dor que eu carrego. Apenas não sei. Deixa ser o que será. Porque o que já é, já foi e o que eu fiz não muda mais. Não quero, não quero ir. Vou-me embora.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Agora é hora de não delirar mais, observe e reflita... Justiça pelas vítimas do agente laranja!

Vim por meio deste, mais um veículo de comunicação dizer-lhes que o mundo pede ajuda. E você não faz parte dele? Portanto é importante prestar atenção no que acontece a sua volta, no que às vezes seus olhos podem olhar, mas não ver o problema alí inserido.

Recebi recentemente um e-mail de um grande amigo primeiramente, e professor Tomás, comentando sobre o terror de algo que proveio de "muito tempo" atrás - querendo considerar a perspectiva acomodada do ser humano hoje - e que tem consequências devastadoras até hoje. 

Acho que todos deveriam se sensibilizar, mas mesmo assim se forem poucos, já é algo. Fico feliz se lerem.
Segue então o e-mail recebido.

Assunto: o mundo e você

Olá amigos,

Estou trabalhando alguns temas da Guerra Fria com meus alunos e semana que vem alguns grupos apresentarão sobre a Guerra do Vietnã. Para complementar as apresentações, reli algumas coisas sobre o assunto e busquei algumas imagens em sites estrangeiros. Queria dividir algumas delas com vocês. Você pode se perguntar: "o que tenho eu a ver com isso? Foi há tanto tempo e tão longe... já passou." A questão é que pra muita gente não passou. São problemas que certamente nunca veremos divulgados pela grande mídia, mas que afetam milhões de pessoas. Como todos devem se lembrar, há aquela foto famosa da garota vietnamita correndo nua desesperada com o corpo queimado por Napalm. Ela sobreviveu, está bem, é ativista da paz, inclusive. O que poucos sabem ou se recordam é que os EUA usou um outro produto muito mais devastador: o agente laranja. Trata-se de um herbicida que possui a substância mais tóxica já criada pelo homem - a dioxina - utilizado para desfolhar as florestas tropicais onde se escondiam os vietcongues e para arrasar áreas agrícolas matando-os, assim, de fome. Foram mais de 50 milhões de litros de agente laranja despejados pelos aviões norte-americanos. Os EUA acabaram perdendo a guerra, mas a substância tóxica continuou lá, contaminando o solo, a água, as pessoas (entre 2,5 a 4,8 milhões foram expostas). Resultado: até hoje seguem nascendo gerações de crianças com má-formação, quando não mortas, no Vietnã. O Vietnã tenta até hoje mover processo contra os EUA, responsabilizando-o pelo crime, sem sucesso. Os EUA dizem que a responsabilidade é das empresas que forneceram o produto, que eles não sabiam dos "efeitos colaterais". Detalhe: muitos soldados norte-americanos foram também expostos ao agente laranja e processaram o Estado, conseguindo uma indenização de U$98 milhões. Mas a vida dos vietnamitas não tem o mesmo valor. Outro detalhe bizarro: sabem qual empresa participou da criação e fornecimento do produto para o governo dos EUA? A Monsanto. A mesma empresa bilionária envolvida em escândalos de corrupção que produz transgênico no Brasil. Um negócio milionário. As imagens falam por si só. Esse é o mundo que vivemos. Faz 7 anos que eu não vejo televisão, mas tenho acompanhado um pouquinho nessas semanas de Copa. O que eu tenho visto são as babaquices de sempre da Globo chamando nossos garotos propaganda de "heróis que jogam sob pressão", enquanto seus contratos de uso de imagem engordam milhões. Vejo também a grande imprensa brasileira engrossando o coro contra o Irã e o perigo do "ataque ao ocidente" enquanto o fantoche do Obama ganha o Prêmio Nobel no momento em que os EUA aprovam o maior orçamento militar de sua história e decidem aumentar as tropas no esquecido Afeganistão. O mundo não mudou. É a mesma lógica perversa. Simplificando: uma empresa bilionária banca a eleição de candidatos nos EUA, que se envolvem em guerras absurdas mundo afora, a grande mídia tenta nos convencer, omite boa parte da história...a mesma empresa banca o agronegócio no Brasil e a bancada ruralista, que impedem a reforma agrária e criminalizam os movimentos sociais para poder seguir explorando a natureza e o trabalhador, a grande mídia tenta nos convencer, etc. Miséria humana.
Deixo em anexo apenas uma foto, as outras são muito chocantes. Abaixo seguem alguns links, de vídeos e sítios a respeito. A Associação das Vítimas do Agente Laranja continua tentando processar as empresas (Dow Chemical, Monsanto). Se você se sensibilizar, há uma petição que você pode assinar. Eu já assinei. Além disso, apóio qualquer iniciativa de resistência ao poder imperialista do Estado norte-americano bem como das empresas que o financiam.

abaixo-assinado: http://www.petitiononline.com/Monsanto/petition.html
organizações de apoio: http://www.vn-agentorange.org/ , http://www.warlegacies.org/Index.htm e http://www.vava.org.vn/index.php
vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=9zay0zcC0K4&feature=related
fotos: http://isiria.wordpress.com/2009/06/17/brutal-daily-reality-agent-orange-continues-to-poison-vietnam-and-the-us-remains-apathetic-to-the-plight-of-the-people-affected/ e http://www.antiwar.com/orig/austin.php?articleid=3838

Se puderem e concordarem, divulguem. Isto não pode ficar esquecido.
abraço, Tomás.

 _____________________
Leram? O que acharam? Repassem, reflitam e assinem caso se mobilizarem! Eu assinei também! Seja mais um a querer mover o mundo.

sábado, 26 de junho de 2010

Acho que tudo está voltando ao "normal" diria...
Cortinas reabertas, mas insisto em fechá-las...
O som clássico volta aos meus tímpanos ensurdecedores, que só conseguem ouvir pela noite, minha voz.
Fico feliz em ouvir o som do piano outra vez, estou tentando me recuperar... E cada nota é um curativo.
Portanto a música completa é o remédio, e o álbum talvez, seria a cura. Mas.. Curar-se de tudo seria tão sem graça, não teria mais por quê viver. Quero esperar, quero correr, quero enlouquecer. Sou mais uma perdida dentre as melodias mais enérgicas e mais calmas que a natureza criou. O balançar das folhas, o nascimento de um pássaro... Só me faz querer voar, e trovejar nos temporais de cores-cura.

domingo, 13 de junho de 2010

"Somos toda a cor que existe por aqui"- É isto que eu estava precisando ouvir...
Ouvir e resgatar força nas raízes das flores mais persistêntes do jardim. É só todas sussurrarem e eu dizer: Sim, só quero ficar assim... Perdida no meu jardim, colorir as cores sem fim.

sábado, 12 de junho de 2010

ai ai ai pobre poeta
sua sina é triste porque sem ela o amor não existe
triste retrato
seu mundo em pedaços
seu mudo desabafo depois daquela canção
a lira traz comprometida como nunca antes pensara em vida
deixa que eu te cante um canto pra te encantar faz de conta
que o silêncio fala mais de mil versos com um olhar e um
violão que um cigano me ensinou fazer cantar com o coração.
sua poesia descorada não lhe entristece mais
pois fez da vida poesia doce
dó fá pra falar do sol que si põe e anuncia o luar
ah, deixa pra lá...
deixa cantar o coração.

Gipsy Jazz - Santa Maria da Feira

Essa música me lembra você.
-Eu espero voltar logo e poder te ter comigo. Se eu te desse adeus seria um grande indicio para que isso acontecesse. Eu ir para sempre, digo.
- Quero que voltes
Quero que esteja comigo
Quero que sejamos a raposa e o príncipe
Quero que sejamos os poetas da noite, do dia
Eu quero o querer...
E quero que saibas que eu nunca vou te esquecer... Eu sei que a palavra "nunca" é realmente complicada, mas com você não tem complicação...
Se quiseres mandar cartas... Te dou meu endereço
"Antes do voo, o tombo, vou lutar pra não chorar"
-Quero te mandar cartas
-Te mandarei meu endereço, tome nota por aí, certo?
-Sim.
Te escreverei.
E espero voltar logo.
-Você vai voltar, vai sim...
-Tem certeza disso?
- Eu sinto, assim como eu senti tua alma...
Quem se atreve a me dizer?
Feito pra mim, bom pra você. Deixa eu mudar e confundir.
Confundir o confuso, deixar a confusão se expandir...
Assim que quer, assim será..
Deixarás minha opnião fluir sobre a tua? E se elas se confundirem?
Deixa eu decidir se é cedo ou tarde espere eu considerar.
Considerar o confuso, deixar a flor morrer no jardim, já vem a nova semente...
Qualquer desculpa pra gente ficar e assim a gente não sai esse sofá tá bom demais, deixa...
Que fiquemos então, que deixemos a confusão solene tomar as mentes de todos, até das flores...
"Ouvi dizer, do teu olhar ao ver a flor, não sei porque achou ser de outro rapaz, foi capaz..."
De se entregar, disso eu sei, mas porque ele fez de tudo?
"Eu fiz de tudo pra você perceber, que era eu..."
Você? Você que confundiu tudo?
Ah, faça me o favor. Diga ao menos o que foi e se eu faltei em te explicar...
Me faltou explicar da explosão da minha opnião sobre a tua? O que a flor disse antes de morrer?
"Eu rezo ai deus do céu alguém no chão, diga-me o que foi, que eu deixei faltar.''
Deus não tem nada a ver com isso, deixa ele ter as confusões dele... Nós temos as nossas...
Deus sabe o que eu quis foi te proteger, do perigo maior que é você.
Sou o perigo, sou a confusão, nunca te disse não...
Pois é que assim, em ti, eu me atirei e fui te encontrar pra ver que eu me enganei.
Sou o teu uso? Não significo nada? E as flores que eu te dei?
(Tua) flor serviu pra que você achasse alguém, um outro alguém.
Não achei ninguém, você era a confusão.
"Adeus você, eu hoje vou pro lado de lá. Eu tô levando tudo de mim, que é pra não ter razão pra chorar. (...)
E não pensa que eu fui, por não te amar."
E eu só vou me juntar as flores, e chorar, chorar, chorar.


Por Yoli e Ana, em um lugar qualquer, a qualquer hora.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Chaminés.

Olhos, não são apenas olhos.
Janelas, são os olhos.
Cortinas abertas ou fechadas, continuam sendo olhos.
Sorrisos, são apenas sorrisos?
Matracas, caladas, brilhosos, risonhos.
Rostos de sorriso, de olhos.
Um adeus, um olá, tudo monitora o sorriso acordar.
Os olhos permanentes.
Nhac, nhoc, pluft, zoooom.
O sorriso de repente se abriu, o olhar sorriu.
O mundo inteiro invadiu.

terça-feira, 1 de junho de 2010

"E esse violão fora do tom? Ensaio nem pensar só na próxima estação..."
Bazar Pamplona.
Aquarela que caiu nas folhas, perfuram minha imaginação, perfumam minha inspiração.

domingo, 30 de maio de 2010

Resumo impossibilitado.

Minha mão estava coçando - morrendo de vontade de escrever... Mas não sabia o quê. Na realidade nunca vou saber, porque isto é uma vontade de minhas mãos. E elas têm o poder de tampar o que quero ver. Então faço-me de cega para continuar não alimentando esta vontade. Queria poder escrever tudo o que penso, mas é realmente impossível. Assim como vi, quero ver minhas mãos suadas por coçarem minha cabeça de tanto pensar... De achar um resumo para tudo isto que venho pensando. Resumir, resumir. O que é resumir? Acho que agora o melhor jeito de resumir é falando simplesmente nada.

sábado, 29 de maio de 2010

Colorida seria a flor... Ao reflexo do pôr-do-sol.

A menina sentada no banco. No banco estava a menina.
Com o caderno tão inseparável em mãos. No seu colo. Afundava seu olhar pesado e intenso nas palavras que escreveu o poema colorido para a pessoa de alma. Logo, seus enlevos se entreabrem, levando um pequeno susto. É interrompida:

- Quem é "_ _ _ _ _"?
- Um lunático.

A pessoa sem alma saiu, rindo. Sem sentido algum. E a menina voltou a afundar seus olhos no poema.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Criar rugas de tanto pensamento.

Renovar-se, pensar em quê diabos você se tornou.
Um alienado perdido no meio da população, um revoltado na manifestação.
Um "sim senhor" - um "não, senhor".
Uma lágrima, um grito.
Um esconderijo, um lar.
Corra, cresça.
Pense, amadureça.
A cada dia me pergunto, a cada dia me entrego a pensamentos como este: A que rumo o mundo vai seguir?
A sociedade faz. A sociedade se divide. A sociedade briga.
Exploração dormente essa, que corre nas veias do povo. Mas em alguns o efeito não dura muito. E logo o despertar surge. Mas essa vida há de mudar...

sábado, 22 de maio de 2010

Je ne regrette rien.

Ruas e cruas, és repleto de caminhos.
Todos subentendidos e tão profundos que chegam a ser a razão dos meus sentidos, sentido da minha procura.
Me tens nas palavras, me tens no sorriso, me tens no ohar.
Crateras se abrem ao som de teus rios de riso.
Choro, permaneço em meus pensamentos. Onde estás? Longe? Perto? Só tu poderás me dizer.
Cansativa seja minha luta ao teu ver. Mas não desisto. Não descanso de cantar o que sinto. Pelo menos não ao meu coração, tão perdido, tão amante.

Travessa da Iracema - ponto de luz, ponto de cor.

Hoje, ao sons distintos que repelia um meio de comunicação, senti a vontade de escrever me tomar a cabeça. Sozinha, procurei por papel por todos os cantos da minha mochila. Encontrei um pedaço de guardanapo:

Cheiro de poesia, todos encantam-se com o seu valor.
Valor da inteligência e beleza, na qual cada um se vê, mas não se situa.
Triste é aquele que não se dá o proveito da vida.

Sorrisos, encantos e até o próprio silêncio te trás o bem.
Sorria, viva, ame tudo o que puder.
E o que não puder, deixe que a poesia um dia, certamente irá transformar.

Venha, venha sorrir comigo.
Traga a tua boa vontade e com a minha, jutaremos a nossa recompensa.
A recompensa indireta - flores, cores e amores.
Por ti não vão se calar.
Elas rogam o prazer e a felicidade- tudo em teu sorriso ardente, sorriso bobo e estonteante.
Olhares ocultos e perdidos em minha mente - todos trancados num arquivo mental.

Tuas palavras doces me fazem esquecer dos problemas.
Isso é real. Não é qualquer bobagem - eu garanto.
Me perco e me perco novamente, sorrio e sonho no dia que talvez nunca se realizará.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Quem coloca a mão na cabeça, chora.

Quem coloca a mão na cabeça não pensa, chora.
Quem coloca a mão na cabeça, não insere ideias, confunde-as.
Os de hoje, que colocam a mão na cabeça são assim.
Perderam-se no sentido do ato.
Esqueceram de lembrar de pensar.
Não pensam mais no que é fundamental... O quando mais simples for, melhor é.
Não querem sair do conforto, não querem... Por a mão na cabeça.

Na luta, seriamos nós os próximos?

Seriamos nós, os próximos a mudar?
Seriamos nós, os próximos capazes de fazer a este realizar?
Pense, pare. Veja a fundamentação do problema em que te inseres. Analize-o e veja se é realmente isto que você pensava. Creio que há muitos daqui, nesta terra, que não valorizam nem se quer pelo que o mesmo luta. E só quer é ser mais egoísta, encher o ego de status social - talvez.
Não estou generalizando, de forma alguma. Só quero fazê-los pensar... Em todas as causas, de tudo.
Por isso, é necessário que se conheça, para logo, fazer o comentário que queiras... Pois o mundo é livre, livre para ouvir tuas ideias, mas não garanto que irá reconhecê-las.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Explodir, explode a explosão.

Sentir, fechar os olhos e respirar.
Guardar, omitir, pensar.
Refletir, gritar interiormente, navegar.
Mente inativa essa que vaga por tantos pensamentos brutos e fúteis.
Atravessam minha pupila, mergulham em meu cérebro.
Nunca acharei o caminho certo. Nem ao menos se tiver alguém por perto.

Temer, creer, ver.
Cansar, querer mudar, não conseguir.
Desistir, emitir, permitir.
Que te levem a mil anos luz daqui.
E que tua companhia será somente você mesmo, somente você mesmo.

Sentir, fechar os olhos e respirar.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Desejo: Céu. (Ver definição)

Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia
E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno antimonotonia
E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio, o mel e a ferida
E o corpo inteiro como um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria
 
Todo o amor que houver nessa vida - Cazuza


          Achei essa imagem perdida. Talvez ela diga tudo, talvez nada. Só penso em transferir o significado de respirar por algo que minha mente não é capaz de descrever - pelo menos neste exato momento.
         Acordo, durmo, "vivo" e "amo". Tudo às pressas... Talvez meu oxigênio esteja se desvaindo em cada piscada da janela dos olhares da verdade dita. 
        Sorrisos acolhem-me para o desconhecido, para o atraente, para o intrigante. Mais ainda quando no ar, é lançado a cor do olhar, a cor penetrante.