sábado, 3 de julho de 2010

O, um corre-corre.

          Fico pensando aqui, entre ventos e aromas o desejo meu de ser-não ser alguém. Pessoas passam, olham, riem, sorriem. Deixar de ser alguém para ser você. Dexar de ser você para parecer alguém. Mas não é, nada é.
          No topo. No topo das montanhas repletas de árvores em ordem, que te criam um labirinto. Bichos, flores, folhas, cheiros, brisas, perigo, divertimento, um corre-corre.
          Faz frio aqui, e eu doida, mas cheia de preguiça para ir tomar um simples café. Que no qual agora é o meu único refúgio dos ventos frios. Não tenho casaco algum. Não tenho alguém. Sou eu e eu. Eu e meu instinto, e acho que é melhor assim. Talvez... Será?
         Memórias curtas, lembranças permanentes. Sorrisos falsos. Sorrisos encantadores. A vergonha de olhar na cara e respirar fundo. A vergonha de consequência, que proveio de algo mal elaborado, encaminhado...
                                                        Preocupações em excesso,  nem vou mencionar de quê...
         Fico abismada com tal população hipócrita, cansada, sedentária. Grãos de areia, poeira cósmica que engole tanta gente no meio de tanta gente. Gritei mas ninguém viu. Meu olhar submergiu.
         No topo, No topo das montanhas repletas de árvores em orgem, comoventes. Emocionadas tal qual dor que eu carrego. Apenas não sei. Deixa ser o que será. Porque o que já é, já foi e o que eu fiz não muda mais. Não quero, não quero ir. Vou-me embora.

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