domingo, 30 de maio de 2010

Resumo impossibilitado.

Minha mão estava coçando - morrendo de vontade de escrever... Mas não sabia o quê. Na realidade nunca vou saber, porque isto é uma vontade de minhas mãos. E elas têm o poder de tampar o que quero ver. Então faço-me de cega para continuar não alimentando esta vontade. Queria poder escrever tudo o que penso, mas é realmente impossível. Assim como vi, quero ver minhas mãos suadas por coçarem minha cabeça de tanto pensar... De achar um resumo para tudo isto que venho pensando. Resumir, resumir. O que é resumir? Acho que agora o melhor jeito de resumir é falando simplesmente nada.

sábado, 29 de maio de 2010

Colorida seria a flor... Ao reflexo do pôr-do-sol.

A menina sentada no banco. No banco estava a menina.
Com o caderno tão inseparável em mãos. No seu colo. Afundava seu olhar pesado e intenso nas palavras que escreveu o poema colorido para a pessoa de alma. Logo, seus enlevos se entreabrem, levando um pequeno susto. É interrompida:

- Quem é "_ _ _ _ _"?
- Um lunático.

A pessoa sem alma saiu, rindo. Sem sentido algum. E a menina voltou a afundar seus olhos no poema.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Criar rugas de tanto pensamento.

Renovar-se, pensar em quê diabos você se tornou.
Um alienado perdido no meio da população, um revoltado na manifestação.
Um "sim senhor" - um "não, senhor".
Uma lágrima, um grito.
Um esconderijo, um lar.
Corra, cresça.
Pense, amadureça.
A cada dia me pergunto, a cada dia me entrego a pensamentos como este: A que rumo o mundo vai seguir?
A sociedade faz. A sociedade se divide. A sociedade briga.
Exploração dormente essa, que corre nas veias do povo. Mas em alguns o efeito não dura muito. E logo o despertar surge. Mas essa vida há de mudar...

sábado, 22 de maio de 2010

Je ne regrette rien.

Ruas e cruas, és repleto de caminhos.
Todos subentendidos e tão profundos que chegam a ser a razão dos meus sentidos, sentido da minha procura.
Me tens nas palavras, me tens no sorriso, me tens no ohar.
Crateras se abrem ao som de teus rios de riso.
Choro, permaneço em meus pensamentos. Onde estás? Longe? Perto? Só tu poderás me dizer.
Cansativa seja minha luta ao teu ver. Mas não desisto. Não descanso de cantar o que sinto. Pelo menos não ao meu coração, tão perdido, tão amante.

Travessa da Iracema - ponto de luz, ponto de cor.

Hoje, ao sons distintos que repelia um meio de comunicação, senti a vontade de escrever me tomar a cabeça. Sozinha, procurei por papel por todos os cantos da minha mochila. Encontrei um pedaço de guardanapo:

Cheiro de poesia, todos encantam-se com o seu valor.
Valor da inteligência e beleza, na qual cada um se vê, mas não se situa.
Triste é aquele que não se dá o proveito da vida.

Sorrisos, encantos e até o próprio silêncio te trás o bem.
Sorria, viva, ame tudo o que puder.
E o que não puder, deixe que a poesia um dia, certamente irá transformar.

Venha, venha sorrir comigo.
Traga a tua boa vontade e com a minha, jutaremos a nossa recompensa.
A recompensa indireta - flores, cores e amores.
Por ti não vão se calar.
Elas rogam o prazer e a felicidade- tudo em teu sorriso ardente, sorriso bobo e estonteante.
Olhares ocultos e perdidos em minha mente - todos trancados num arquivo mental.

Tuas palavras doces me fazem esquecer dos problemas.
Isso é real. Não é qualquer bobagem - eu garanto.
Me perco e me perco novamente, sorrio e sonho no dia que talvez nunca se realizará.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Quem coloca a mão na cabeça, chora.

Quem coloca a mão na cabeça não pensa, chora.
Quem coloca a mão na cabeça, não insere ideias, confunde-as.
Os de hoje, que colocam a mão na cabeça são assim.
Perderam-se no sentido do ato.
Esqueceram de lembrar de pensar.
Não pensam mais no que é fundamental... O quando mais simples for, melhor é.
Não querem sair do conforto, não querem... Por a mão na cabeça.

Na luta, seriamos nós os próximos?

Seriamos nós, os próximos a mudar?
Seriamos nós, os próximos capazes de fazer a este realizar?
Pense, pare. Veja a fundamentação do problema em que te inseres. Analize-o e veja se é realmente isto que você pensava. Creio que há muitos daqui, nesta terra, que não valorizam nem se quer pelo que o mesmo luta. E só quer é ser mais egoísta, encher o ego de status social - talvez.
Não estou generalizando, de forma alguma. Só quero fazê-los pensar... Em todas as causas, de tudo.
Por isso, é necessário que se conheça, para logo, fazer o comentário que queiras... Pois o mundo é livre, livre para ouvir tuas ideias, mas não garanto que irá reconhecê-las.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Explodir, explode a explosão.

Sentir, fechar os olhos e respirar.
Guardar, omitir, pensar.
Refletir, gritar interiormente, navegar.
Mente inativa essa que vaga por tantos pensamentos brutos e fúteis.
Atravessam minha pupila, mergulham em meu cérebro.
Nunca acharei o caminho certo. Nem ao menos se tiver alguém por perto.

Temer, creer, ver.
Cansar, querer mudar, não conseguir.
Desistir, emitir, permitir.
Que te levem a mil anos luz daqui.
E que tua companhia será somente você mesmo, somente você mesmo.

Sentir, fechar os olhos e respirar.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Desejo: Céu. (Ver definição)

Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia
E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno antimonotonia
E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio, o mel e a ferida
E o corpo inteiro como um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria
 
Todo o amor que houver nessa vida - Cazuza


          Achei essa imagem perdida. Talvez ela diga tudo, talvez nada. Só penso em transferir o significado de respirar por algo que minha mente não é capaz de descrever - pelo menos neste exato momento.
         Acordo, durmo, "vivo" e "amo". Tudo às pressas... Talvez meu oxigênio esteja se desvaindo em cada piscada da janela dos olhares da verdade dita. 
        Sorrisos acolhem-me para o desconhecido, para o atraente, para o intrigante. Mais ainda quando no ar, é lançado a cor do olhar, a cor penetrante.