segunda-feira, 23 de setembro de 2013

vai pra lá, vem pra cá

preciso me concentrar. acabando tudo que tenho que fazer... volto à loucura novamente.

buiaco

acho que tudo pode ser do mesmo buraco
não sei se já está tapado ou eu ainda posso escolher o que fazer com ele.
encher de flores ou... encher de terra.
queria poder primeiro saber, depois decidir.

sábado, 21 de setembro de 2013

em@il

você sabia de tudo?
descobriu depois?
me conta

beijo
y.

5 garfos

hoje eu fiquei pensando sobre tudo que aconteceu.
reli cada palavra de cada registro que tivemos.
às vezes penso em tentar acabar com esse silêncio
mas não sei o quanto isso é perigoso
ainda mais pra você, nessa situação de ter um valente
ainda mais pra mim, nessa situação de caos e cabelos ao chão

há dias que penso: se for pra ser será
há dias que penso: qual é o seu novo endereço?
há dias que penso: será que agora sou a semente que tiraram da terra pra não germinar? e não virar flor pra você não se preocupar

é como tomar água e a garganta não deixar engolir
lembro-me de escrever tonéis de água
depois de ler o pequeno livro embutido no capim

aqui deixo meus tonéis de 2011:

Queria dizer todos os dias
como eu me sinto
não pelo ego
é só mais um dos mil motivos
pra me deparar com o menino envergonhado
ou o náufrago
ou o dono dos relógios derretidos
derretendo
derrete o desespero
queima
solidifica na pele

eu, você
platéia
que nada por volta das ilhas que nos prende
que nos faz derreter
e secar
separadamente

sem poder ter olhos,
sorrisos,
beleza,
água

suspiro
concentro-me, foco
mais uma foto,
não tão colorida
nem tão poética
mas é uma foto
sou eu
sub exposta
na sombra das árvores
que agora folhas desprendem-se
mais perto
do que janeiro passado

não vou desistir de tentar
seja para qualquer lírio ou rosa

sinto-me no centre pompidou
rodeada por todos
rodeada por ninguém
mas o livro estava em mãos,
sendo escrito, mesmo sendo uma
palavra
ao
dia
mas estava

palavras-flashes

do outro lado do marca-página
do outro lado da fenda
caiu pedregulhos
além do sol verde do meio-dia

eu escrevi o tempo todo
dentro de mim
mesmo com todas as luzes da Torre Eiffel
eu estava apagada
em todas as fotografias

ainda chove
aos poucos
e por isso fico feliz
mesmo enrolada por cobertores
sozinha
ou com gelo na ponta do nariz

nesses ultimos cliques
algo sufocou-me
por dois segundos
tentou me quebrar,
me levar o coração de vez
meu avô,
não é querer ser puro drama
mas tantaros
está prestes a lhe dar uma flechada
e isso me dói o coração só de pensar

quando ele se for,
não sei se vou vê-lo
quero lembrar só dos sorrisos
e então fechar a tampa da lente.

todos os dias olho pros 5 garfos na minha paede
tento achar ali respostas e conselhos pras minhas dúvidas
às vezes é um ok sutil ou um impulsivo fuck you

já não sinto todo o sensor do foco
a torneira se abriu nessa época
quase afoga a câmera, mas chegaram a tempo de salvá-la
de me salvar

eu tenho pensado
eu tenho dormido
adormecida
sonhos
parece estar tudo sob controle

mas como dois náufragos que nadam juntos,
se um não está bem
o outro também não está

a caixinha já está quase transbordando de mata-saudade
mas não me canso de abrí-la sempre
assim como reler cada sílaba e entrelinhas
do dono do relógio derretido

É TUDO TÃO
fico às vezes tonta
mas não me importo de ficar alí
debaixo da árbore
esperando chegar da maré
o náugrafo sobrevivente
na exposição correta.


y.

chaos

e estava certíssimo quem disse que a criatividade nascia do caos.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

chocolate

acho que vou te escrever um livro
quem sabe assim vou poder dizer uma das coisas mais bonitas que já senti na vida
você mesmo, 2010/2011

apesar de tudo, apesar das noites sem dormir
da dor indescritível e dos dias que pareciam chuva
apesar de todas as rosas secarem, de todas as lagrimas travarem
eu me descobri amante do existente
mesmo que tudo que eu tenha vivido fosse fantasia
ou fosse a agonia de viver o que não se podia que se transformou em amor
eu me senti viva e amei

ainda palpita em mim,
espero que quando eu termine as páginas
quando eu termine de ler tudo
tudo isso vire todos os pássaros do céu
que irão pra suas casas no meu oposto

o que vivi foi vivido
o que senti vai ser escrito
o que doeu na barriga de tão lindo
pra sempre vai ficar
não por ter a carne
mas por ter sentido

agora aqui,
faço meu macarrão com tomate
e muito tempero

depois como um sabonete de doce de leite inteiro



segunda-feira, 8 de abril de 2013

infverno

nada lhe acolhia,
nem mesmo o cachecol que vovó lhe tinha feito!