quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O vago, triste embargo, sorriso farto

Nem sempre era tudo como parecia.
As folhas dançavam no vento,
A luz refletia na pele,
O coração batia sozinho.

Nada era apenas como era.
Diríamos que não havia despertado ainda.
Fechei os olhos, imaginei as cores mais belas que a alma podia me proporcionar
Curiosa, abri os mesmos e vi que tudo eram cinzas.

O barulho do trem, o arranhar dos trilhos,
minha cabeça na janela que escorria a chuva.
Eu só sabia pensar em olhar pro infinito do céu
Onde tudo podia ser perfeito,
Onde nos contavam que era perfeito
Por isso resolvi fixar-me o olhar pra lá

O céu se rasgou, se abriu, se estraçalhou em cores vivas e formas indecifráveis
Vai ver era o labirinto que um dia as borboletas tinham me narrado...
Ou apenas era um outro fim de tarde, talvez feliz.

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